No crepúsculo de um céu rosa-claro,
Um homem suspira, um adeus a encerrar.
O coração apertado, sem ar, sem amparo,
Despedida na brisa que faz o amor ecoar.
Ela, com olhos que refletem o poente,
Segura a dor com a graça da saudade.
Nos lábios, um sorriso suave e envolvente,
Guardando memórias, juras de eternidade.
O tempo desliza como areia entre os dedos,
Enquanto o sol se põe, num lento balançar.
O adeus ecoa suave, sem medos,
No horizonte, a promessa de um novo amanhecer a brilhar.
Nuvens cor-de-rosa pintam o firmamento,
Testemunhas silenciosas deste adeus.
Um último abraço, um eterno sentimento,
Marcado na pele como tatuagem, amor que se tece.
E assim, na tarde de céu-rosa claro,
Partem dois corações em caminhos distintos.
Um adeus suave como o sopro do mais terno amparo,
Na memória, o amor permanece, eterno e distinto.
José de Sousa Magalhães