Se eu ouço a minha música favorita e eu penso em todas aquelas mentiras?
Há questões em aberto que nós não soubemos conversar como um casal.
Se as mágoas que carrego no meu peito se desfazem em apenas um ato?
Há novos momentos que precisamos falar e a DR precisa ser posta na mesa.
Se o seu passo não acompanha o meu e você vê isso como uma briga?
Há um ponto: não sou eu que quero ter o controle de tudo, quero você bem.
Se você passou dos 40, não joga mais bola, não quer sair com seus amigos?
Há de concordar que não sou obrigada de parar com o que eu já fazia, não perdi nada.
Se nossas mensagens tornam-se mais ríspidas e, aliás, só nos vemos a noite?
Há mais coisas fora do lugar e não combinamos mais, é hora de partir.
Se o ressentimento provoca angústia e nosso jantar foi estragado pelo seu telefone?
Sua reunião parece ser mais importante que a gente, eu vi você repetir essa cena.
Se falamo-nos mais trocando mensagens por meio eletrônico que no mundo real?
Estamos totalmente desconectados com o que mais importa: nossa família.
Se meu humor te constrange, tua cerveja esquenta, meu cabelo tá diferente?
Acho que perdemo-nos ao longo da caminhada e os 10 anos anunciam o final.
Se você acha que não é importante acompanhar o crescimento da nossa filha?
Tudo bem, mas você sabe exatamente e absolutamente que não está nada bem.
Se você quer, assinamos os papeis hoje mesmo, e você voltará a ficar solteiro, sim?
Mas não venha depois que bater o arrependimento tentar prolongar o nosso fim.
Não vai rolar, é assim: se todo esse tempo foi bom pra você, também foi pra mim.
